Excelente livro para crianças, de uma beleza fantástica e um sério apelo à leitura como veículo de aprendizagem.
Sónia Morais Santos, faz uma descrição pormenorizada das sensações que advém deste pequeno livro.
Começa pelo cheiro. A tinta, a papel reciclado, um cheiro bom a livro que se prolonga pelas páginas e aumenta de cada vez que se passa uma página.
Depois, continua pelo papel, grosso, quase da família de um quase cartão, que dá vontade de mexer, de fazer deslizar as mãos abertas, uma e outra vez, de sentir a textura.
A seguir vêm as ilustrações, de Oliver Jeffers, escritor, ilustrador, pintor, artista multidisciplinar. Com pedaços de folhas de cadernos imbutidas, com letras de outras impressões desbotadas, como se o livro fosse composto por páginas de outros livros, reaproveitadas, renascidas. Até porque é essa a ideia da história – o quarto bem precioso deste livro. É que tudo gira em torno de Henrique, um menino que adorava livros. “Mas não exactamente como nós adoramos livros.” É que este menino adorava comer livros. Começou por engolir uma palavra, depois mastigou uma frase, seguiu-se uma página inteira. E folha após folha deste O Incrível Rapaz que Comia Livros, lá estão as letras de outros livros presentes na ilustração, como se fossem um descuido, um acidente gráfico, mas a marcar a presença na vida da obra, tal e qual como marcam presença na vida do Henrique.
Entretanto, o Henrique foi ficando cada vez mais esperto. Uma verdadeira enciclopédia. Começou a devorar vários livros ao mesmo tempo. E foi então que as coisas começaram a correr menos bem. O Henrique adoeceu. E é então que o humor de Oliver Jeffers se refina, e os miúdos vão rir muito quando lerem a palavra “Gregório” numa espécie de legenda por baixo da imagem do Henrique de cabeça dentro de uma sanita. É que isto de comer livros não é bom para as digestões. E por isso, o Henrique teve de encontrar uma outra forma de lidar com os livros.
Por Sónia Morais Santos em Time Out Lisboa
Este vídeo permite-nos passar os olhos pela história e pela qualidade das imagens, o resto só manuseando.
Sónia Morais Santos, faz uma descrição pormenorizada das sensações que advém deste pequeno livro.
Começa pelo cheiro. A tinta, a papel reciclado, um cheiro bom a livro que se prolonga pelas páginas e aumenta de cada vez que se passa uma página.
Depois, continua pelo papel, grosso, quase da família de um quase cartão, que dá vontade de mexer, de fazer deslizar as mãos abertas, uma e outra vez, de sentir a textura.
A seguir vêm as ilustrações, de Oliver Jeffers, escritor, ilustrador, pintor, artista multidisciplinar. Com pedaços de folhas de cadernos imbutidas, com letras de outras impressões desbotadas, como se o livro fosse composto por páginas de outros livros, reaproveitadas, renascidas. Até porque é essa a ideia da história – o quarto bem precioso deste livro. É que tudo gira em torno de Henrique, um menino que adorava livros. “Mas não exactamente como nós adoramos livros.” É que este menino adorava comer livros. Começou por engolir uma palavra, depois mastigou uma frase, seguiu-se uma página inteira. E folha após folha deste O Incrível Rapaz que Comia Livros, lá estão as letras de outros livros presentes na ilustração, como se fossem um descuido, um acidente gráfico, mas a marcar a presença na vida da obra, tal e qual como marcam presença na vida do Henrique.
Entretanto, o Henrique foi ficando cada vez mais esperto. Uma verdadeira enciclopédia. Começou a devorar vários livros ao mesmo tempo. E foi então que as coisas começaram a correr menos bem. O Henrique adoeceu. E é então que o humor de Oliver Jeffers se refina, e os miúdos vão rir muito quando lerem a palavra “Gregório” numa espécie de legenda por baixo da imagem do Henrique de cabeça dentro de uma sanita. É que isto de comer livros não é bom para as digestões. E por isso, o Henrique teve de encontrar uma outra forma de lidar com os livros.
Por Sónia Morais Santos em Time Out Lisboa
Este vídeo permite-nos passar os olhos pela história e pela qualidade das imagens, o resto só manuseando.
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