Uma Escola Brotero no Haiti

Promundo quer construir uma “Escola Brotero” no Haiti 

É difícil de imaginar um país inteiro sem escola, com as suas crianças a deambular pelas ruas, sem salas de aulas, sem professores e sem perspectiva de voltar a ter um programa de ensino minimamente estruturado. Entre muitos outros problemas, este é um dos males que afecta o Haiti e talvez o que mais influência tem a longo prazo. «Ter um país sem escola é perpetuar a sua miséria», defende Fernando Castro, lembrando que na base da pobreza dos países está sempre a educação, ou a falta dela.














O professor da Escola Secundária Avelar Brotero e membro da associação Promundo esteve três semanas em Leogâne, a segunda cidade do Haiti e a mais destruída pelo terramoto de há cerca de um mês. Levou medicamentos, recolhidos pela Promundo ou doados pela Associação Saúde em Português, e donativos que permitiram adquirir milhares de garrafas de água, colchões e bens alimentares (arroz, farinha, etc.).
Foi a primeira resposta ao desastre que atingiu o país caribenho dada pela associação composta por jovens (do ensino secundário e já do universitário) e professores e que surgiu na Brotero. Diogo Bhovan, da associação, recorda como em pouco tempo se venderam quatro mil postais, transformando os 150 euros que a Promundo possuía em ajudas preciosas à população haitiana.
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Fernando Castro dirigiu-se a Leogâne porque esta cidade não possuía ainda projectos que previssem a reconstrução (ou construção) de escolas. «Já tinham a sobrevivência assegurada, assistência médica, apoio alimentar e distribuição de água», impondo-se agora, como noutras localidades do país, «um projecto com visão de futuro». O objectivo logo delineado com os responsáveis do município local, nomeadamente com o maire principal de la Commune de Leogâne, Santos Alexis, foi a construção de uma escola ténico-profissional, um pouco à semelhança da que é, em Coimbra, a Escola Secundária Avelar Brotero.